"Caso o cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele,

reclame de si mesmo que não é poeta o bastante

para evocar as suas riquezas."


Rainer Maria Rilke

Cartas a um jovem poeta.Porto Alegre: L&PM,2006.p.26




segunda-feira, 30 de abril de 2012

Quer passear conosco?




O dia amanheceu assim:
convidativo para um passeio de bicicleta











                                          O "Bobão" já estava aguardando.






Na avenida, os "Cassinenses" passeando tranquilamente.








Vamos dar uma volta de bicicleta?


                   

                 À tarde, está nublada.
     A ciclovia da av. Atlântica é ideal.











Flores por tudo!

                                     
                             A estrada nova até a Barra tem um bom movimento.
                                  Muitos moradores estão utilizando essa via.

                                              Quem resiste a uma espiadinha na praia?

                                         É possível ver navios manobrando
                                                       na entrada da Barra.

                                              Uma pausa para as fotos...

                        Nas dunas ainda tem flores,mesmo no outono com temperaturas baixas.

                                             
                                              Que tal, agora, voltarmos pela rua Lisboa?

                                       Ainda dá tempo de admirar esse entardecer lindo.
                                                            Vale a pena! (Praia do Cassino-Rio Grande-RS)

                     * Obrigada pela sua companhia, neste passeio virtual!

Estar bem

foto: Maria do Carmo O. Monteiro


Imagina você vencendo uma Super-maratona. Ou quem sabe uma corrida de Fórmula 1.
Deve ser muito bom superar recordes, vencer desafios, mas como seria tudo isso se ao chegar ao limite estabelecido não houvesse ninguém para lhe ver ou aplaudir.Teria a mesma emoção?
Outro exemplo, dois times numa disputa clássica, até que um supera o outro, mas nas arquibancadas nenhum torcedor. Silêncio total. De que valeria o troféu? O título de campeão?
Lembro que, uma vez. quando criança imaginei o mundo sem ninguém, só eu, mas rapidamente percebi que seria horrível, não teria com quem brincar e nem outras tantas coisas tão importantes para mim. Convencida de que nada teria sentido tratei de trocar de pensamento.Não gostei daquela brincadeira de imaginar um mundo assim.
Outro dia, ao contrário disso, assisti uma reportagem sobre um homem que viaja na sua moto por vários lugares. A meta é retornar ao ponto de origem. Outro, viaja de bicicleta há meses. O detalhe que os assemelha é que ambos estão sozinhos nestas aventuras.
Penso que estes aventureiros solitários durante o trajeto não compartilham suas descobertas com outra pessoa. Será que encontram satisfação em estar sozinhos ou não querem dividir suas emoções com mais ninguém?
Também num documentário foi entrevistado um homem que vive num local semelhante a uma caverna e se diz bem mesmo sem conviver com outras pessoas.
O que faz algumas pessoas desejarem uma vida em sociedade e outras se isolarem? 
O que faz uns precisarem tanto dos aplausos, da exposição, da permanente superação e a outros o anonimato, a simplicidade, o desconhecimento? 
Talvez seja nos valores e nas necessidades pessoais que nos diferenciamos tão bem uns dos outros. Está certo quem está feliz com sua maneira de viver. Estar bem- isso é o suficiente.

domingo, 29 de abril de 2012

Recordações do tempo de escola

                                                                              *Maria do Carmo O.  Monteiro

Desfile da "Mocidade" do I.E.Juvenal Miller-1942
                                                                                  
                       Os adultos, ou talvez, idosos tem o que recordar (até com saudade) das suas lembranças escolares da infância. Alguns relembram com um compreensível desprezo da temida palmatória (objeto de madeira que servia para bater na palma das mãos dos alunos mal comportados ou os que não estudavam) e dos grãos de milho atrás da porta da sala de aula ( onde eles ficavam ajoelhados por castigo). Ficar de nariz para a parede ou receber orelhas grandes (semelhantes as do burro) eram outras formas de castigo para quem não seguia regras ou não aprendia as lições. Havia também a fila dos inteligentes e dos (...).
                        Falar demais merecia o castigo de escrever 20, 30, 50 ou cem vezes: “Não devo conversar durante a aula!”. O número de cópias dependia do estado emocional dos professores na hora de ordenar o castigo
                        Levantar da cadeira quando chegasse a diretora ou outra autoridade era uma regra inviolável. Além destas recordações, há também aquelas que representam uma época ou que demonstram a chegada da modernidade. No tempo das canetas-tinteiro era necessário um orifício na mesa para acomodar os tinteiros e um mata-borrão (folhas de papelão poroso que eram usadas para absorver os excessos de tinta). As lancheiras, pastas de couro e os estojos de madeira foram especialmente criados para a classe estudantil. Os uniformes eram um “tchan”: meninos usavam calças curtas, só os jovens podiam usar calças compridas igual aos adultos. As meninas apresentavam-se de saias em pregas, de gravatinha ou laço e meias bem brancas (isso quando a graxa do sapato colegial ou um ponta-pé de uma colega não sujava ) e fitas brancas no cabelo. As aulas de educação física revelavam as pernas roxas de frio das meninas e ainda  escondidas em calções folgados, franzidos e pretos.
Estudar matemática exigia o uso de um papel quadriculado, onde os números eram escritos ordenadamente. As ilustrações eram traçadas na folha de papel-jornal e as pesquisas e composições (= redações) feitas na folha de almaço.
 Aprender a contar significava também decorar toda a tabuada, inclusive fazer o cálculo dos noves-fora e da prova real. Os exames eram, em geral, orais. (Só o olhar da professora já dava um “branco”!) 
 Letra bonita se adquiria escrevendo infinitas vezes no caderno de caligrafia. Para colar usava-se uma “gororoba” de farinha ou a goma arábica (encontrada há bem pouco tempo nos correios). A famosa cola “Tenaz” veio mais tarde, como uma supercola.
Os erros eram apagados com borrachas para lápis  ou caneta. Nos dias atuais a excelência é o corretivo líquido (ex:Error-ex)  ou de outras marcas que apagam, mas também riscam tudo nas mãos dos adolescentes.
Faltar à aula ou perder uma matéria tinha que ser copiado sem pena, coisa resolvida rapidamente com a moderna máquina copiadora.
            O capricho significava entre outras coisas: não formar orelhinhas no caderno. Os exercícios de aula eram feitos no bloco de rascunho; a matéria nova e o tema de casa, posteriormente, passados a limpo em outros cadernos.
             Para ajudar os estudantes sem habilidade a desenhar surgiram as “figurinhas de passar” que umedecidas decoravam as folhas do caderno e nunca mais saiam. Para os   estudantes “bem-aventurados(=$)” surgiu o famoso “Desenhocop”-um livro com vários desenhos de datas comemorativas, vultos famosos, mapas, etc. que riscava-se com o lápis preto e  o desenho aparecia(magicamente) na folha. Um show!! Os mais humildes eram obrigados a se contentar com o recurso do papel de pão, de seda ou do carbono para copiar desenhos.
            Os lápis de cera coloriam bem, mas borravam muito os desenhos menores, já os lápis da “Johhann Faber’ colaboraram muito neste sentido. As canetinhas surgiram para revolucionar, já era possível “tornear” o desenho e depois pintá-lo com os lápis coloridos.
            O olfato das crianças era estimulado pelo cheiro do “caderno novo”.    
            O sino marcava o início às aulas, hoje substituído pela sirene programada.
            O quadro de giz era preto e de um lado tinha linhas, no canto o mapa do Brasil e um espaço para as notas musicais, muito usadas nos ensaios do coral. Hoje temos o quadro branco ou a lousa interativa.
            A  semana da Pátria tinha o ritual do hasteamento da bandeira e o canto do hino,  com muito respeito, agora ainda se mantem, mas tem uma performance diferente.  As aulas de latim, os sonetos,... tudo isso ficou na lembrança dos estudantes de outras épocas...
Contudo a escola continua ...Quais as lembranças da escola que ficarão, agora?


Obs: Publicado no Jornal Agora em 13 de outubro de 2004- Coluna: Agorinha Mesmo 

A resistência à cultura e ao saber

                                                                                            Colaboração: Dilson de Oliveira Nunes
                                                                                                  
                                                                                                         http://dilsoncronicas.blogspot.com.br/.

No tempo da minha mãe (década de 30) aprendia-se a ler e escrever corretamente, através dos recursos: Lousinha de pedra, caneta com pena e... Palmatória.
Para quem não sabe esta última ferramenta de educação consistia em uma espécie de raquete com furos que aplicada com força na mão do estudante omisso era um forte argumento na disciplina dos colegiais. A Professora Revocata do Rio Grande fazia uso constante dessa férula e mesmo assim foi evocada em prosa e em verso atravessando décadas. E minha mãe tinha medo de ir à escola.
No meu tempo, (década de 50) já não existiam palmatórias, mas réguas e ponteiras em madeira maciça, que quando não apontavam as palavras ou números no quadro negro, eram desferidos nas cabeças dos que não conseguiam ler aquelas palavras ou números.
Muitos desses objetos de tortura foram quebrados na minha cabeça. Muitos pescoções, puxões de orelha e joelhos beijando o chão cobertos com milho.
E eu tinha medo de ir à escola.
Mais tarde, no ginasial, aula de Latim: quem não sabia declinar as palavras no nominativo, genitivo, dativo, acusativo, vocativo e ablativo, tinha como dever de casa escrever 100 vezes a tal declinação, senão era zero na nota.
Até hoje eu não sei de cor o nome das seis esposas do Rei Henrique VIII da Inglaterra. Isso me custou uma reprovação em História. E como me fez falta não saber o nome das cortesãs do reino britânico. E assim eu tinha medo de ir à escola.
Hoje, na era dos celulares, da internet e dos tablets (as lousinhas do século XXI) fiquei sabendo que um aluno do curso noturno do ensino médio abordou a professora com as provas corrigidas dirigindo-se à sala de aula e ao cerificar-se de que a mesma reparou no calibre 38 preso em sua cintura perguntou: Qual foi minha nota mesmo “fessora”?
Também li a respeito de frases publicadas nas redes sociais ameaçando professores.
E eles (os professores) têm medo de ir à escola...
Há séculos que a relação docente aluno é deturpada.
O aluno é um buscador do saber; e o educador é quem ilumina seus caminhos.
O lente assume o papel de encaminhar o pupilo... Para a vida.
Mas é preciso entender que não dá mais para ensinar como em um quartel.
Por que os universitários, que já são adultos feitos preferem jogar baralho e tomar chope ao invés de sentar-se disciplinadamente na carteira escolar?
Há uma série de coisas envolvidas: O salário, o domínio da matéria, a didática. Tudo isso necessita reestruturação e com urgência!
O professor é cada vez mais desvalorizado. E é uma inevitável vítima da síndrome de burnout.
Não podemos cruzar os braços diante de um problema que nos coloca entre os piores do mundo no quesito educação.
Os pais dizem que o problema é dos professores. Os professores declaram que o problema e da educação no lar. E os alunos se queixam de ambos: Pais e educadores.
E todos em uníssono: A culpa é do governo!
Vamos apenas concordar com isso e deixar acontecer?




sexta-feira, 27 de abril de 2012

Alpinismo forçado

Imagem ilustrativa: Monte Vsevidof,no Alasca (Wikimedia Commons)


Quem disse que não praticamos o alpinismo? Nossa vida assemelha-se a aventura do alpinista:  iniciamos na infância, lá na planície e aos poucos, vamos subindo a montanha. Ela parece ser alta e difícil de ser escalada, mas é desafiadora. Nesse percurso há quem prefira andar sozinho e os que preferem subir em grupo. Em certos momentos escorregamos, tropeçamos, mas enfim aos "trancos e barrancos", um dia, chegamos ao topo da montanha. Que experiência! Seria assim aquele momento da vida que já alcançamos uma estabilidade geral no âmbito pessoal e profissional. Esse pico não está na mesma altura para todos. Uns escalam uma montanha muito alta e grande, outros preferem montanhas menores. Isso não importa, até que chegue o momento de se preparar para a descida. Uns descem vagarosamente, ainda admirando a paisagem. outros, ao contrário, quase se atiram em queda livre.
 A única e certa diferença do alpinismo como esporte é que na descida essa escolha já não é mais pessoal. Talvez tenhamos que descer sozinhos. As pernas, os braços, os olhos já não tem mais a mesma precisão. Se a memória  não falhar, podemos usufruir dela nostalgicamente ou simplesmente, para desviar de algumas pedras no caminho.
Todos nós, pelo menos, chegamos ao NOSSO pico mais alto. O difícil é admitir que, um dia, teremos que obrigatoriamente, descer.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Passeio e lembranças


Foto: Amannda Oliveira

Hoje, fiz um passeio pela feira livre em Pernambuco com uma amiga que me mostrou a variedade de produtos oferecidos por lá. Frutas, legumes, doces, ferragens, chapéus, roupas, calçados, vassouras, cordas, gaiolas, piranhas para o cabelo, lampiões, ratoeiras, mosquiteiros, etc. Realmente tem de tudo  nas feiras, é quase um supermercado ao ar livre.
Neste passeio, algumas coisas me trouxeram a lembrança da infância: caminhões de madeira, bolinhas de gude e bonecas de pano. Esses brinquedos eram tão simples que nem se comparam aos movidos a pilhas, bateria ou eletrônicos que hoje as crianças ganham de presente.
Foto: Amannda Oliveira
Eles tinham um colorido que chamava a atenção, mas o que mais impressionava era o que a própria simplicidade despertava:  a imaginação infantil. Era preciso sonhar, criar cenas na nossa mente que estavam além do brinquedo. Puxar um carrinho e fazê-lo subir uma rampa ou dobrar uma esquina despendia habilidades no trajeto e uma direção defensiva para não causar acidentes. 
A bolinha de gude era um jogo de rua que juntava vários meninos e uma disputa acirrada em aumentar o patrimônio.
As bonecas eram o ensaio maternal das meninas. Era necessário amá-las, além do cuidado. Na nossa imaginação cada boneca tinha sua personalidade e sua história. Lembro que tive algumas somente, mas, entre elas, tinha uma muito pequeninha, a menor de todas e que tinha perdido os olhinhos. Para mim ela era muito carente e por causa disso precisava de muito carinho. Era,sem dúvida, a minha protegida. As outras eram normais. Aos oito anos ganhei a minha última boneca: a Beijoca, a maior, a mais bela e a mais moderna, ao fechar os seus bracinhos, ela dava um beijo estalado. A Beijoca era a mais cobiçada entre minhas amigas. Brinquei bem pouco com ela, pois uns anos depois já começaram a despertar em nós outros interesses e brincar de boneca já não surtia tanta imaginação. É assim que a gente vai,  discretamente, abandonando a infância e amadurecendo. Sem perceber deixamos de sonhar com nossos brinquedos. 

A Beijoca e eu (1969)


Obs:  O passeio pela Feira Livre de Pernambuco foi apenas virtual, acompanhando as fotos da Amannda Oliveira, uma amiga do Facebook e da blogosfera. Estou em Rio Grande-RS.


quarta-feira, 25 de abril de 2012

Despertar cedo

Se tem uma coisa que eu não reclamo é de acordar cedo. Talvez muitos discordem de mim e dirão que uma cama quentinha no inverno, é dos Deuses.(Eu só concordo com o prazer da cama.) 
Minha amiga fica imensamente feliz quando deixam-na dormir, mesmo no verão, até o meio-dia. 
Eu, mesmo assim, penso diferente, acho que meu dia ficará desfalcado se eu perder as coisas que só acontecem pela manhã, por exemplo, a visão que se tem do Sol só se repetirá 24 horas depois; 
- sentir o aroma da grama úmida do sereno;
- ver a cerração subir como uma nuvem;
- levar um susto do jornal arremessado no portão pelo entregador;
- tomar um café quentinho;
- ouvir o latido dos cães porque estranham as pessoas, geralmente trabalhadores e estudantes;
- ver a disposição do meu vizinho, um senhor de mais de 70 anos, que vem alimentar seu cão, abrir a casa, cortar a grama, pintar as grades,...(ufa!!!); 
- acompanhar o entusiasmo das companheiras da hidroginástica do horário da manhã; 
- ouvir, ao longe, a buzina de um motorista chamando o seu carona, e ...
 Depois de todas estas argumentações encerro com a mais forte delas: 

Se, amanhã, você dormir muito, ouça o vídeo à tarde, com atenção. Ele tem a imagem do amanhecer e o  som dos pássaros, despertando os dorminhocos.

Se concordar comigo, acorde cedo, ouça e veja tudo: AO VIVO - aproveite mais o seu dia!       


Abraços

Normalmente existe uma forma muito pessoal de cumprimentar as pessoas: os abraços. Cada um tem se jeito de abraçar. Uns se aproximam rapidamente e logo se afastam, é o caso das pessoas tímidas que ficam constrangidas ao abraçar, embora isso não signifique menos carinho.. Outros abraçam por longo tempo. Certas pessoas, além de abraçar, massageiam nossas costas.
Algumas gostam de abraçar e ainda sacudir a outra pessoa para um lado e para o outro- um abraço vibrante. Certamente, a razão do abraço também determina a sua forma.  Aquelas pessoas emotivas, se envolvem profundamente e prolongam o abraço até se esgotar a emoção. Alguns homens abraçam-se tapeando as costas num gesto bem másculo. O abraço das crianças é muito gostoso, cheio de carinho e alegria. Tem aquele abraço regado a palavras de motivação- esse é o energético. E tem também, o abraço maldoso, tão negativo que nem vale comentar. Num outro grupo estão aqueles que querem conversar abraçando- é um abraço estendido até o fim da conversa.Tem o abraço dos apaixonados, sem dúvida, o inesquecível. O abraço das saudades, aquele que quando parece acabar, começa de novo.
O abraço religioso que exercita a nossa humildade. O abraço da vitória, do parabéns, que vem recheado de "vivas", como se fossem fogos de artifício. O abraço de um grande amigo num momento difícil que é tão consolador.
O abraço coletivo por uma causa importante. O abraço posterior ao aperto de mão, geralmente dos homens e o abraço com beijinhos, característico das mulheres.
O abraço do golaço que já tem coreografias ensaiadas. O abraço virtual que tem braços extensos  para minimizar as distancias. O abraço cordial quando somos apresentados a alguém ainda tão estranho. 
Há o abraço que abraçamos ou o que nos sentimos intensamente abraçados. Enfim, qualquer classificação que recebam é digna de simbolizar um ato de respeito, humildade e carinho, por isso abracemo-nos sempre do nosso jeito e com o coração, se sincero for. 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Solidariedade até no lazer

Isso aconteceu em um dia qualquer do verão, mas o interessante foi observar a reação das pessoas ao verem que um idoso tentava  montar a tenda sozinho e  não conseguia. 
 Percebam que sensibilizados com a dificuldade dele, as pessoas vão se aproximando e 
o que era difícil ficou fácil em minutos.



Entrelinhas


As imagens, muitas vezes, dizem por si só. 
Encanto, adoração, beleza, simplicidade inspiram qualquer pessoa
 e eternizar tudo isso é muito prazeroso.
















quinta-feira, 12 de abril de 2012

Meu vizinho


O nome do meu vizinho eu não lembro, mas as suas qualidades posso citar rapidinho: lindo,meigo, dengoso e muito carinhosinho. É o gatinho da PAZ. Passa a maior parte do tempo assim, olhando a pressa das pessoas, admirando a paisagem, esbanjando tranquilidade.
Se chamar ele já vem se roçando e miando. Esfrega seu rabinho nas suas pernas,se enrola todo. Não sabe o que mais vai fazer para te agradar. Se descuidar vai entrando na sua porta ou pulando sua janela.
Briga nem pensar. Chega a virar o rosto pra não ver os outros gatos se estranharem. Vai saindo de mansinho, porque violência não é seu agrado.
Não me invejem não, pois de vizinhos assim é que todos deviam ter.

domingo, 1 de abril de 2012

Cheguei tarde!


No caminho de casa encontrei uma linda borboleta. Parecia uma pintura. Não quis deixá-la no chão jogada,muito menos numa lixeira, então consegui uma sacolinha e a trouxe protegida.
Pra quê? É não tinha mais vida,mas era muito bela pra ficar ali jogada.
Tenho tantas plantinhas e numa bem verde a coloquei. Se tinha que ficar ao relento que ficasse no lugar que mais combinasse com ela.
Pode parecer delírio, mas na verdade é um carinho especial pela natureza que é tão perfeita e inconfundível. 
Assim são tantas coisas. Assim são as pessoas,os animais, as plantas e até aquele banquinho velho que tenho. Um dia foram importantes. Ainda tem seu valor. Não entendo como, hoje, se descarta tudo com tanta facilidade. Tenho muita dificuldade em me desapegar, para mim tudo é tão bonito, tão interessante. Se eu trocar algo é só para renovar ou experimentar outro diferente, mas isso não significa que aquele não preste mais.
Acho que vou ter que começar a deixar as borboletas pelo caminho... afinal não tenho a arca do Noé e segundo a ciência na "natureza nada se perde, tudo se transforma". Preciso acreditar mais nisso!