"Caso o cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele,

reclame de si mesmo que não é poeta o bastante

para evocar as suas riquezas."


Rainer Maria Rilke

Cartas a um jovem poeta.Porto Alegre: L&PM,2006.p.26




terça-feira, 31 de julho de 2012

O temporal

Chove bastante essa noite, então lembrei-me de uma história que aconteceu há muito tempo, quando os donos de armazéns de nossa cidade recebiam na madrugada o leite que vinha da campanha. 
Numa noite de inverno caia um temporal muito forte, mas os peões tinham a responsabilidade de abastecer estes armazéns independente das condições climáticas. E é aí que começa essa história...  
 Por volta de 1920, um cidadão rio-grandino ouviu, atentamente, o relato dos peões que enfrentaram muitas dificuldades para transportar o leite no caminhão por causa da chuva e do vento forte. Ele tinha o dom de transformar tudo o que ouvia em versos rimados. Ao final do relato, ele recontou todas a façanha em rimas e, desta maneira, eternizou o acontecimento até hoje.
A história é real, o poeta era militar do Exército, conhecido por Sargento Cabral. 
Meu pai me contou, eu aprendi e, agora, repasso a vocês.


Autor: Sargento Cabral (1920)
                                        

                                            O temporal já vinha perto
                                                           quando partimos pra cidade.
                                                               O caminhão era de fato 
                                                                 para resistir a tempestade

Muita areia, bastante água
 impedia o caminhão
Marcha ré demos bastante
 até soco e empurrão

                                                            Mais nós tínhamos muita sorte
                                                                 que parecia divindade
                                                             Encontramos com dois guascas
                                                             que vinham aqui pra cidade

Aì começou o serviço
Com muita precaução
Um puxou do bicho
E o outro... caiu no chão

                                                                   Caiu no chão...
                                                     Olhando sempre para o céu
                                                         Debatendo-se contra as águas
                                                            em busca de seu chapéu

E pra acabar
com essa joça
O leite foi conduzido
Dentro de uma carroça





segunda-feira, 30 de julho de 2012

sábado, 28 de julho de 2012

Lição de vida




Essa indicação de vídeo do Programa do Jô Soares recebi por e-mail do amigo Ricardo Carvalho. Trata-se da entrevista com a senhora Anna Variani, que aos 98 anos faz um trabalho de assistência social a idosos em Bento Gonçalves. É o testemunho e uma lição de vida de que para fazer o bem não há dificuldades nem idade, D. Anna é um grande exemplo disso.
Confira a entrevista.
Fonte: Youtube  http://www.youtube.com/watch?v=h1zF8fKTso8

* Obrigada, amigo Ricardo Carvalho.

Atropelo

Mês de julho...Era uma tarde fria, mas ensolarada, por isso optamos por passear no centro da cidade, sem pressa e sem rumo, apenas apreciando o movimento das pessoas e olhando vitrines. Um passeio de mãos dadas, sem o compromisso de fazer compras.

Seria assim, porque acabou se tornando um atropelo publicitário.
Ao nos aproximarmos da zona central, recebemos a primeira interferência panfletária: um anúncio publicitário nos oferecia "Crédito fácil e rápido". Alguns passos a frente, uma jovem empurrou-me "dentes perfeitos" num plano orto-alguma coisa. Não estávamos ainda na esquina e veio um "desvende seu futuro" com cartas e búzios da M. Segui com as mãos cheias de papéis e encontrei o "vote no fulano", adiante as "ofertas de liquidação" da loja X. Parecia até combinação. Não coloquei nenhuma propaganda fora, juntei-as uma a uma, queria ver até onde ia tudo aquilo. Ao final do Calçadão, determinei o encerramento das interferências. Imagine agora o que aquilo aumentou de lixo urbano para quem, diferente de  nós,  com pressa ou incomodado, soltou tudo ao chão.
Anos atrás no mesmo local presenciamos uma senhora que, enraivecida, gritou para os panfleteiros: Eu não quero mais esses papéis!! Chega! Na época, achamos que seu desabafo fora exagerado, mas só agora  começamos a entender que ela estava com toda a razão. As pessoas, qualquer dia, terão atitudes realmente impactantes se o atropelo se perpetuar.   
É preciso criar formas mais criativas e menos poluentes de divulgar seu produto. Embora chato, descobri que prefiro ouvir as ofertas dos jovens que falam alto na frente das drogarias, porque suas vozes perdidas no meio da multidão, pelo menos, não agridem o ambiente. 




Obs: Não sei o porquê,mas o audio deste vídeo ficou baixo, mas se usar os fones é possível ouvi-lo bem. A voz ainda está um pouco rouca, culpa deste inverno...

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Vovôs e netos, um vínculo muito especial

A família, independente de sua composição, é nossa raiz, nossa origem , nossa referência. Entre todos os seus membros e suas características, a vó é aquela pessoa muito afetuosa, da qual parece estar num outro ritmo e que nos fala com o coração e a razão em dose certa. Parece ter sido feita sob medida, para ouvir nossos sonhos e recontar as mais belas histórias de fadas, de monstros ou de vida.
No meu caso, não deu tempo de conhecer minha vó paterna e da vó materna tive boas lembranças, embora poucas, mas, ao longo da vida, fui adotando outras vovós. (Elas não precisam de lista de espera, nem aprovação de juiz.)  E de todas, guardo belas recordações. Talvez, se em vez de casas de passagem para as crianças e adolescentes que estão afastados de suas famílias por maus tratos ou abandono houvesse a "Casa das Avós e dos Netos", esse momento de transição tão difícil e sofrido, fosse amenizado e acalentado por um vínculo tão especial e profundo. As vovós não conseguiriam entristecer e os netos não sentiriam falta de amor, porque estariam envoltos em muito carinho. Eu acredito nesta parceria. E você?


Nossa experiência, aqui em casa, também conta...



Vovôs alegres, para ilustrar...
Fonte: Youtube - http://youtu.be/SwWwo7wl21Y


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Escola :passaram-se 50 anos



Recebi essa mensagem por e-mail e como professora e pedagoga não posso deixar de comentá-la. Não digo isso no sentido de: dona da verdade, mas porque, além da formação, atuo na educação pública há 32 anos e somando a isso minha vida de estudante começou em 1967 e permaneço neste meio até hoje. Costumo brincar dizendo que a escola me pegou e não consigo sair dela.
Observando o comparativo acima vê-se que em meados dos anos 60 a cobrança dos pais por melhores notas recaia sobre o aluno, ele era o único responsável pela falta de aprendizagem. Nota-se o aluno deprimido e os pais xingando-o. Ao contrário, nos dias atuais, a não-aprovação de um aluno na visão dos seus responsáveis recai agora, exclusivamente, na falta de competência dos seus professores ou da escola. O aluno está ali de braços cruzados, alheio.
Na minha opinião,em ambas épocas, há interpretações erradas das causas desta reprovação. Há 50 anos atrás não se levava em conta as condições deste aluno para o aprendizado, todos eram vistos como iguais e o ensino como um repasse de conhecimentos. Os mais inteligentes aprendiam, os demais estavam condenados à reprovação. Os alunos com necessidades especiais, estes nem na rua saiam. Alguns aprenderam com professores particulares dentro de suas casas, escondidos do mundo.
Outros passaram suas vidas convencidos de que tinham muitas dificuldades para aprender e que por isso jamais aprenderiam. Quanto aos professores, estes eram "mestres", um livro ambulante, de tudo deveriam saber. Alguns acreditavam nisso e usavam da ditadura escolar para intimidar seus alunos. Os bons professores esses jamais serão esquecidos, provocavam nos estudantes o gosto pelo saber. Nesse tempo também existia a presença da família na escola, mesmo daquela pouco-letrada. Os livros eram muito valorizados e custavam caro aos pais.Um filho estudando era motivo de orgulho.
O tempo passou. Novas teorias sobre as metodologias, a psicologia, a própria pedagogia surgiram.
Agora, entende-se que a escola é um conjunto de condições e que seus alunos são pessoas diferentes e em situações também diversas. Os recursos didáticos estão melhores, alguns investimentos foram feitos,o acesso a todos está facilitado, mas a educação ainda é para poucos. Sim, falo na educação de qualidade,  de quem aprende para ser útil à sociedade, para fazer um mundo melhor, para o bem. Não restrito ao mercado enquanto um ser funcional e produtivo, que garanta mais lucros às grandes empresas.
A maioria dos pais afastaram da escola, relegaram suas funções de apoio e acompanhamento dos filhos a outras pessoas - os responsáveis (parentes, companheiros, etc). Esqueceram que são muito importantes neste processo e perceberam que envolver-se dá muito trabalho. Os valores pessoais são outros.
Se houvesse interesse na qualidade, os trabalhadores em educação seriam os mais bem remunerados profissionalmente, as condições de trabalho seriam melhores, com maior acesso à tecnologia, porque conhecimento, não se resume à notas nem à aprovação e reprovação, isso é uma norma regulamentar de certificação, necessária e consequente. Na minha visão, aluno aprovado é aquele que sabe além do que aprendeu, é capaz de buscar e gerar outros conhecimentos e aplicá-los,  na sua vida e, generosamente, no meio social em que vive.
Se você não souber aplicar o que sabe, você na verdade, não sabe nada.Então, que notas são estas?




(O e-mail foi uma colaboração do meu amigo e primo Dilson Nunes. Obrigada!)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Teste: A melhor posição frente ao computador



Essa postagem eu estou pluralizando da www.blogdarebeca.com que é um blog bem legal para quem curte vídeos de comunicação e marketing e que recomendo conferir.

Cia de Dança "Corpo e Alma" inovando suas apresentações


Knockin' on heaven's door- (Guns n'Roses)
http://youtu.be/xFNrdYmPyHQ


A Cia. de Dança "Corpo e Alma" apresentou-se no Sarau e Concurso de Poesia "Seiva da terra", realizado dia 11de julho ás 19 horas no espaço do Bolicho da FEARG, No vídeo vocêpode conferir Patrick Vianna, violão e voz, Amanda Maack no teclado, Renan Silva, violão, Thaynara Garcia, violão e voz e Thais Ortiz, voz,  Houve também várias interpretações de música e dança e Amanda Maack recebeu medalha de menção honrosa por participar do concurso e poesia.

sábado, 21 de julho de 2012

Redes sociais: o reflexo de sua imagem

As redes sociais na internet são formas de inserção que podem beneficiar ou prejudicar as pessoas dependendo da maneira como cada uma se expõe nas mídias.
Muitas empresas ao oferecer vagas de emprego fazem pesquisa dos candidatos acompanhando também o seu perfil no Facebook,Twitter, Orkut, etc. 
Sugiro que veja a entrevista de Luiz Henrique Freitas com a profa. especialista em mídias sociais, Martha Gabriel. As dicas dadas pela professora são importantes para quem se preocupa com o seu perfil, sua imagem pessoal e suas oportunidades profissionais. 

Fonte:Youtube - Perigos e oportunidades das Redes Sociais (Parte 1)  
link http://youtu.be/DpJGvNUnDeg publicado em 03/2012
Obs: Devido a um forte resfriado, não será possível fazer o "audio" da postagem. 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Amigos, companheiros de estrada

Na infância quando uma criança encontra-se com outra logo ouve dos adultos que ali está um "amiguinho". É a forma que usamos para ensiná-la a ser receptiva a alguém semelhante a ela, fazendo assim desperta-se o respeito e já criando uma empatia entre ambas. Nem sempre dá certo na primeira vez, mas a atitude é louvável para a inserção social.
Aos poucos, e naturalmente, as pessoas vão se harmonizando de acordo com suas afinidades e momentos. Umas tem maior facilidade em conquistar amigos, outras são mais seletivas e geralmente por serem muito sinceras ou bastante tímidas tem um circulo de amigos com menor raio de abrangência. 
Enfim, todos passam pela experiência de ter pelo menos um amigo, aquele o qual confidenciamos nossos segredinhos, abrimos nosso coração, abandonamos nossas vaidades e celebramos o amor fraterno. Ao longo da vida, por força das circunstâncias, talvez a separação seja inevitável, mas jamais o esquecemos. Outros amigos surgem, mas não o substituem, porque amigo é um ser único e pontual. Ele aparece na nossa vida para nos lembrar que: ninguém vive sozinho, nem querendo!


A todos os meus familiares-amigos, aos amigos de infância, da juventude, do trabalho, aos novos amigos da internet: Um grande abraço pelo dia do(a) amigo(a)! Que Deus os abençoem!  



quinta-feira, 19 de julho de 2012

Recursos na internet

Estava pesquisando sobre os recursos disponíveis na internet para pessoas portadoras de necessidades especiais como uma deficiência na fala ou auditiva, visual, mental entre outras. E descobri  alguns sites muito bons por isso estou divulgando o início da pesquisa.

Para a deficiência auditiva encontrei através do blog da Rebeca Barros http://www.blogdarebeca.com uma indicação de um dicionário da Língua Brasileira de Sinais on-line (LIBRAS),onde você digita a palavra em ordem alfabética ou por assunto e, imediatamente, é possível ver uma frase, como exemplo e acompanhar o movimento dos sinais da intérprete, podendo repetir a linguagem por várias vezes até aprender.

Depois encontrei no blog da Lívia Lessa Lage, chamado Livia Libras  http://livialibras.blogspot.com t um outro link para o Jornal Visual todo editado com o acompanhamento da intérprete de sinais.
No vídeo que estou colocando aqui tem uma reportagem sobre a inclusão de alunos especiais em escola regular, que vale a pena assistir. 


Em seguida encontrei o blog da Dorina, que é da Fundação Dorina Nowill para cegos http://www.fundacaodorina.org.br que traz inúmeras notícias informando leis e novidades de acessibilidade para os deficientes visuais.
Por exemplo: A Justiça determinou que a Anatel estabeleça normas para que seja oferecido no mercado aparelhos com forma sonora indicando funções e operações que estão sendo clicadas pela pessoa com deficiência visual.http://vidamaislivre.com.br/noticias/
Esta pesquisa não termina aqui, mas já deu para notar que há muitos recursos via internet para garantir um  acesso adaptado às pessoas com necessidades especiais. 
 Vídeo com aúdio da postagem:

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Intenção: colaborar


Tentando colaborar com quem não enxerga bem,
não consegue ler ou
quem "ainda" não despertou o gosto por ler, 
a partir de agora, todas as postagens deste blog terão, ao final, um vídeo com fotos e o "aúdio" do texto escrito. 
*obs: Não sou locutora, mas vou caprichar para que a fala fique agradável aos seus ouvidos. Espero que gostem da ideia e que ela seja realmente útil. Aceito dicas e sugestões.


A primeira experiência está no final da postagem "Mãos habilidosas" .
Se quiserem opinar sobre "como ficou", ficarei muito grata.


domingo, 15 de julho de 2012

Uma honra e uma alegria

Hoje um domingo, depois de um passeio e de visitar os filhos, eu e meu esposo chegamos em casa por volta das 16h. Para distrair, ele foi ver o futebol na tv e eu acessei a internet, quando então tive uma surpresa: o blog "Agorinha Mesmo" virou título de postagem do educador José Antonio Klaes Roig e link na sua página no Facebook.   
É uma honra para uma professora-blogueira ter uma indicação no blog "Educa Tube" de José Roig.
Nem vou comentar mais, basta colocar um link para o "Educa Tube" para que nossos seguidores vejam, entendam minha alegria e a dimensão desta postagem na blogosfera.
                                         Muito obrigada,mestre José!

                      http://educa-tube.blogspot.com.br/2012/07/agorinha-mesmo.html

sábado, 14 de julho de 2012

Mãos habilidosas

A FEARG -Feira do Artesanato de Rio Grande é um evento anual esperado por todos. Este ano na sua 34ª  edição, novamente, está atraindo um grande público porque é bem organizada, tem história e reuni artesãos da nossa cidade e inclusive de outros países.
Lembro muito bem das primeiras edições. Eram pequenas, simples, mas sempre reverenciando e divulgando o artesanato, a habilidade e o talento das pessoas. 
Não sei se visitei todas as feiras, mas posso garantir que prestigiei a maioria delas. Minha presença não faria diferença alguma, mas noto como os artistas olham o público, cada pessoa com uma atenção toda especial, como se percebessem um a um que se aproxima da sua arte. Muitos  deles nos convidam a apreciar um pouco mais, explicam o seu trabalho e depois, carinhosamente agradecem a presença.
Eu procuro elogiar o artesanato daqueles que mais me surpreendem e também dos que trabalham com materiais recicláveis que, às vezes, descartamos como lixo e que, nas suas mãos, se torna arte. 
Os artesãos possuem uma paciência e uma delicadeza de dar inveja. Parece que estão num outro ritmo, numa outra frequência. Descobriram o controle da ansiedade. Alguns colocam incenso, fontes de água jorrando sobre pedras ou bambu criando um clima harmônico para mostrar a sua inspiração.
Ao mesmo tempo que expõem seus trabalhos, que divulgam e vendem, também estão ali criando.
Eu admiro tudo isso. É divino para mim. Não tenho esse dom.
Um dia, achei que poderia ter, me indignei com minha falta de habilidade e comprei agulhas e lãs, queria aprender a tricotar. Amigas deram-me algumas orientações e logo comecei a fazer. Elas fazem isso com a maior facilidade. 
As agulhas nas minhas mãos pareciam pesar mais do que aparentavam. Os dedos estavam duros, engessados. Os fios ficavam torcidos, mas eu insistia. Os pontos ora ficavam apertados,ora frouxos demais,mas eu insistia. Acomodei-me numa rede, para ficar numa posição aconchegante. Daqui um pouquinho, errei a tal ordem e logo ponto ficou diferente. Fui consertar, desmanchei mais do que o necessário,mas continuei a insistir. Errei de novo. Uma manta longa já se formava, até que uma pessoa entendida em tricô olhou para meu trabalho, minuciosamente, e declarou que eu já tinha errado os pontos lá no início.
- O quê????Desisto. Não faço mais nada! Eu não quero aprender a tricotar, porque eu não tenho paciência, nem dom para isso. Admiro quem tem.
Outra vez, fui aprender o crochê, queria fazer os biquinhos em panos de prato. Só isso!!
Comecei fazendo tudo como me ensinaram, seguindo todos os passos, depois não aguentei tanto "repeteco" e fiz de outro jeito. Inventei uns pontos diferentes, ficou horrível e, no fim, eu não sabia mais como fazer, fiz uma confusão.
Lembro que no meu tempo de escola tínhamos aula de trabalhos manuais. Era um tédio para mim. Hoje recordo com saudades de todos os trabalhos que fiz (contando com a ajuda de muitas pessoas: minha mãe, minha colega, ...) . Recordo, por exemplo, do cachorrinho de esqueleto de arame e os fios de lã amarrados para formar o pelo(que trabalheira); o bordado de vagonite (parecia uma tabela matemática); o rosto talhado na madeira (esse eu até gostei!); os papéis recortados e sobrepostos (que colei os dedos, junto)...
Por favor, eu imploro não me peçam para realizar trabalhos de tamanha delicadeza, eu fico muito estressada, ao contrário do "relax" que as pessoas dizem sentir. Contudo, eu admiro e parabenizo quem tem esse dom: as mãos habilidosas. E é para esses artesãos que dedico "essas linhas entrelaçadas" do meu desabafo sincero.


                 Tricô e crochê     

                                                   Maria Luiza Machado  








Caricaturista- Gustavo Quenari 



Ver: gustavoquenari.blogspot.com.br  tel contato: (00598) 96562051 Uruguai
                                       
                                        


Escultor: Daniel Marques           tel contato: (53) 84120178

                                     






                                                Tricô:  Kátia Levien
                                  tel. contato : 32931540 ou 84191831






                 Pintura a óleo e crochê      Maria Inês Gavioli   tel. contato: 32306501

                                       



Obs: Os artesãos foram escolhidos aleatoriamente entre tantos que lá estão expondo.

Link para conhecer e saber mais sobre a FEARG:
http://www.fearg.com.br/new/site/home/index2.php

* Domingo, dia 15 de julho é o último dia para visitá-la. Aberta das 13h às 23h30' no Centro de Eventos de Rio Grande-RS



terça-feira, 10 de julho de 2012

Rio Grande-Pelotas, uma boa viagem

Saímos às 7h da manhã, clareando o dia, para a vizinha cidade de Pelotas. O objetivo era participar do 2º Seminário sobre Práticas Digitais nas Escolas. A previsão do tempo era nublado sujeito a chuvas ao longo do dia. 

Às 8h05 estávamos na ponte do Canal São Gonçalo que liga as duas cidades.

No auditório da Escola Técnica Estadual João XIII,professores das cidades de Bagé, Rio Grande, Pedro Osório, Santa Vitória do Palmar e da cidade- anfitriã Pelotas trocaram experiências sobre esse tema durante todo o dia. 
O Seminário encerrou-se com uma belíssima apresentação do coral "Cantarolando".





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Coral "Cantarolando"

Após um dia de trabalho enriquecedor, os professores retornaram para as suas cidades. No nosso caso são 62 km de estrada desde Pelotas até Rio Grande. Satisfeita com o que assisti no seminário, vim pensando e observando a natureza. Eram 17h10, o Sol forte driblava as nuvens escuras. Então não resisti e fiz essa "sequência de imagens" do interior do ônibus para guardar  lembrança do entardecer de um dia normal, um dia de trabalho com momentos alegres, também. Por tudo isso, pluralizo com os seguidores do blog um pouquinho do que pude ver da natureza, tão sublime, silenciosa e divina, enquanto retornava para minha casa. 



Quando quiserem revê-la estará aqui, é só clicar.

domingo, 8 de julho de 2012

Um tour por alguns bairros

Depois de vários dias cinzentos e chuvosos, amanheceu um domingo ensolarado, bem frio, mas seco e sem vento, daqueles que dá vontade de andar, curtir o Sol, lagartear.
Resolvemos fazer um passeio diferente, conhecer alguns bairros de nossa cidade. Saímos via Henrique Pancada. Ah! Que linda paisagem da avenida! Ela está sem cuidados, muitos animais soltos pastando por ali e barcos atirados, mas tem o nosso jeito. Lembra os pescadores!










Seguindo sempre pela mesma avenida passamos pelas obras do novo Shopping "Praça  Rio Grande".  Não quis fotografar porque está no início ainda, mas dá para ver que vai ser grandioso e esperamos que ao final de 2013 esteja realmente concluído.
Dobramos à direita numa rua calçada, que desconheço o nome, pois pouquíssimas ruas estão identificadas. Até que vimos uma faixa de uma casa de lanches que indicava o bairro Recreio. Continuamos nosso tour e através da informação dada por um morador soubemos que adiante era o limite com o outro bairro: o Profilurb. O interessante é que os terenos baldios são poucos e entre casas simples encontra-se também construções novas e modernas. O transito é intenso e a movimentação de pessoas também. Uma via calçada está em obras e percebe-se que vai em direção a estrada da RS 734. 
Pela obstrução das obras tivemos que retornar, ao seguir sempre chegamos a um bairro muito simpático chamado "Santa Rosa" . Uma curva encontra-se com a identificação colorida do bairro e outras mensagens estão espalhadas por uma via linda, toda arborizada que recebe os cuidados do morador sr. Almiro Muller. 

                                    






Dali saímos com a certeza de que nossa cidade está maior do que imaginamos e cada bairro tem sua potencialidade e beleza própria, precisamos para isso conhecê-los melhor. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Arrumando gavetas, reeditando prazeres

Há sempre um dia em que pensamos em organizar as gavetas, as caixinhas, as fotos.Hoje pensei em fazer isso, mas ninguém arruma as "tralhas" sem olhar o que pode realmente descartar. Revisando, relembrei algumas passagens do "Agorinha Mesmo" impresso. A primeira edição aconteceu em 25 de maio de 1993, no Jornal AGORA daqui de Rio Grande a partir de um convite do diretor-presidente sr. Germano Toralles Leite.A princípio seria apenas uma página por semana, mas, em menos de um mês, passou para duas. Em alguns dias ganhou o espaço de quatro páginas semanais assim distribuídas: duas na terça-feira dedicada aos leitores em geral, principalmente aos adolescentes; na quarta-feira abriu-se mais uma página para a gurizada de 6 a 11 anos e na sexta-feira, ao encerrar a semana, uma página para as crianças e seus pais. A ideia e o trabalho foi crescendo.
Foram feitos concursos para criar o nome do espaço de onde surgiu a ideia de "Agorinha Mesmo", depois para criar a arte e a votação da logomarca. Nasceu o "Perfil Adolescente", uma entrevista estilo perguntas-respostas acompanhada da foto dos entrevistados. Após veio a "DOÇURA", um  seção reservada para a foto da criança, o nome dos pais e outros detalhes. 
As escolas passaram a divulgar suas atividades e participavam bastante, tanto que foi organizado uma gincana com seis delas e que se estendeu em dois fins de semana no auditório do I.E. Juvenal Miller, encerrando-se com um show de um grupo de samba "DóRéMi". Além de se divertirem muito, as equipes da gincana, fizeram uma ação solidária, todas contribuíram com alimentos que foram entregues às famílias carentes da Henrique Pancada.
A próxima extensão do Agorinha à comunidade foi a escolha, por votação, da criança que representaria todas as demais, recebendo  a faixa de "Doçura", isso se repetiu por dois anos. 
O psicólogo Ricardo Carvalho, tornou-se colaborador criando a coluna "Adolescendo" que, semanalmente, tratava dos aspectos que envolvem essa fase, orientando pais e professores.
Foi organizada também a "Festa do Adolescente Revelação", onde foram destacados os garotos e garotas que se revelaram talentosos na dança, no teatro, na música, no esporte, ... Esses, juntamente com seus pais, ganharam uma medalha personalizada. 
Além destes eventos que aconteceram pela repercussão do espaço jornalístico, cresceu o número de leitores e assinantes por conta da participação dos estudantes.
Isso tudo aconteceu por 13 anos ininterruptos. Eu, além editora do "Agorinha Mesmo" tinha paralelamente a minha profissão como professora, os meus dois filhos ainda pequenos para acompanhar, meu marido e minha casa para administrar. Minha família sempre foi parceira, me apoiou e me incentivou, mas um dia decidi parar um pouco, descansar, pois em todo esse tempo nunca interrompi para um descanso. Tinha um compromisso com os nossos leitores.
Dei um tempo e resolvi parar. Parei na versão impressa. Outros, continuaram...
Hoje, estou aqui, a reeditá-lo no meio virtual, porque "quem corre por prazer, não cansa".


Edição que apresentou a logomarca da coluna,
após votação feita com os leitores
                                                                              
Contribuição de um desenho à coluna

Ilustração feita por um leitor

Bailarinas do Studio de Dança Heloisa Bertolli
Eu e minha filha editando a coluna, parceria sempre.
Detalhe: a máquina de escrever
Cartão de apresentação do Jornal AGORA
Medalha personalizada

camiseta do Agorinha
Um dos meninos talentosos
               
Foto de uma das edições
Time de futebol patrocinado pela coluna na SAC
Crianças que participaram da votação para "DOÇURA"
As duas crianças que receberam a faixa 
                                     
Uma das escolas participantes da gincana
Gincana de dois fins de semana no Juvenal Miller
Menino representando o personagem Tita
 (Lobo)
Banda DòRéMi que fez o show na gincana