"Caso o cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele,

reclame de si mesmo que não é poeta o bastante

para evocar as suas riquezas."


Rainer Maria Rilke

Cartas a um jovem poeta.Porto Alegre: L&PM,2006.p.26




sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A vida com ou sem GPS


Na vida como na estrada os caminhos são muitos.
Qual será o melhor? Com certeza sempre há os desvios inesperados ou, inevitavelmente, alteram-se as condições de trafego resultando na mudança de rota.
Em muitos casos está claro e previsível que determinada direção levará a um lugar incerto; ou que trata-se de uma descida acentuada ou que a estrada contorna um precipício, mesmo assim alguns não ligam para as placas indicativas ou se distraem com as paisagens da serra. Há ocasiões em que há desperdício de energia,  muitos pedágios e grande desgaste do motor.
Outros, ao contrário, querem chegar ao seu destino rápido demais, aceleram tanto que capotam no meu do caminho.




Ainda tem os que andam em círculos ou sinuosamente, vão para o norte, durante o trajeto desviam para o leste e quando estão quase chegando fazem um retorno. Por outro lado, há os que traçam um roteiro, previamente estudado, fazem um check-up, param  para abastecer antes de entrar na reserva, aproveitam para vislumbrar as paisagens, seguem obedecendo a velocidade permitida, ultrapassam com segurança, não bebem ao volante e chegam tranquilos ao seu destino.


Talvez algumas pessoas fossem beneficiadas pela orientação de um GPS , viajariam com mais calma e chegariam em paz, mas preferem abastecer com muita adrenalina como se estivessem num rally.

Na verdade, cada um faz a viagem ao seu jeito. Para uns o "GPS" funciona bem, para outros é um acessório obsoleto. Uns vãos aos trancos e barrancos até chegar lá . Outros, preferem ir à pé, mochila nas costas e um mapinha na mão. Enfim para todos, a viagem é certa e o GPS é opcional. 


domingo, 26 de janeiro de 2014

domingo, 19 de janeiro de 2014

Estágio preparatório

De acordo com a reportagem do Jornal Agora, a oficial Adriana Azevedo do Amaral da 1ª zona de registro civil de Rio Grande, declarou que em 2013 houve um aumento de 11% no número de casamentos e 13% de divórcios em relação ao ano anterior. (Edição de 18/jan/2014, Caderno "Mulher Interativa",p.4 e 5)
A partir desta estatística em estabelecer um contrato e posteriormente desfazê-lo ( casar. juridicamente,  é um contrato legal) chega-se a conclusão que não há a seriedade necessária à ação. A lei por si, de antemão, não leva fé nas decisões tomadas a medida que permite às pessoas que se casem num dia e, se for o caso. divorciem-se no outro.

Há um tempo atrás, os casais de namorados ou noivos não viviam juntos, porque julgava-se imoral perante a sociedade. Então as pessoas namoravam por um longo tempo, depois noivavam para dar uma sentido mais sério à relação e também iniciar um projeto de casamento (enxoval, casa, móveis, festa,etc.) Por fim casavam-se e, bem ou mal, ficavam juntos por muitos anos, exceto em casos graves como violência, infidelidade ou outros problemas. Os filhos eram sempre priorizados e, naquela época, sustentavam muitos casamentos ou eram a razão de tolerância. Os casais tentavam viver juntos, vencer as dificuldades e construir uma família.
O compromisso firmado era a bandeira erguida até a última tentativa.
Hoje com a liberdade das pessoas para viverem juntas sem qualquer preconceito social e sendo uma experiência capaz de medir se o relacionamento vai ser realmente positivo para ambos, por que não existe um prazo mínimo para firmar um contrato de casamento?
A pressa, naquele tempo, existia porque a "noiva" estava grávida ou o "noivo" pretendia sumir. Agora esses motivos foram superados, não há razão para forçar uma situação. Sem contar as despesas com a burocracia do casamento, depois do divórcio e a separação de bens entre as partes.
Além disso, há a conta paga no "emocional e psicológico" dos filhos gerados a partir do casamento que se desfez.
Imagine passarmos a vida desfazendo todos os contratos sociais, na busca da perfeição que não existe. 
Não seria mais "legal" ter um tempo mínimo de convivência a dois para mais adiante oficializar o casamento? Talvez assim esse índice de divórcios e enganos diminuísse bastante. A não ser que as pessoas queiram passar a vida trabalhando para patrocinar cartórios e advogados.




segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Pra acordar bem


Realmente iniciar o dia sem tomar um café é retardá-lo.
Esse é um ritual que não dispenso e só protelo ao fazer o jejum para exame laboratorial. O nosso café da manhã é sagrado e preparado com carinho pelo meu marido. Ele gosta de levantar cedo e ir organizando tudo. É muito bom acordar sentindo o cheiro avassalador do café coado (ou passado) entrando pelo quarto, sala, por tudo.
Aqui em casa não usamos café solúvel, nem temos, ele fica velho. O meu, em particular, tem de ser adicionado ao leite. O puro só se for à tarde.
Conheço pessoas que só tomam o café para justificar o cigarro depois. Não é o nosso caso, porque ninguém fuma por aqui. O café da manhã para nós é essencial.Dá até para lembrar da música do Roberto Carlos: vou pedir um café pra nós dois...

De flor em flor



Hoje abriu outra flor de hibisco. Tirei-a da rua pois venta muito lá fora. O dia está nublado com cara de chuva, mas foi só clarear e o botão desabrochou a flor vermelha. Linda!!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O mínimo necessário



A gente tem o péssimo hábito de projetar as necessidades além do que realmente se precisa. Observo que em muitas vezes julgamos necessárias tantas coisas para um momento feliz e descobrimos que era preciso tão pouco.
As mulheres, principalmente, tem a preocupação em limpar todos os cantinhos da casa para receber visitas num dia especial e quando estas chegam nem ligam para a disposição dos móveis. Querem mais é dar boas risadas e atualizar as conversas. Ninguém percebeu os detalhes da limpeza.
Assim são as novas construções, muitas aberturas, várias saletas, ar condicionado, piscina, churrasqueira, área de lazer, banheira de hidromassagem e ... pouco tempo para gozar do conforto.
Vejo casas lindas fechadas, porque os proprietários não dão conta de curtir seu recanto nem sua fortuna.
Outro dia dobramos numa rua, vi um terreno grande cercado de arame, uma casa de madeira bem no centro, uma rede pendurada onde um senhor se balançava, brinquedos de criança espalhados pelo pátio, a mulher tomando chimarrão, janelas abertas e cortinas voando... a cara da felicidade.
Nestas horas a gente pensa: precisa bem pouquinho pra ser feliz e muita gratidão e amor por tudo que DEUS nos proporciona.


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Iniciando 2014

Hoje ao acordar no primeiro dia do ano pude admirar a terceira flor que brota no bonsai de hibisco que venho cultivando.
Além dele, tenho um de figueira, que comprei e outro de álamo branco que estou esculpindo como uma joia que é. Fotografo seu desenvolvimento para melhor acompanhar, então registrei também como se eu estivesse à sombra dos seus galhos. Coisa que é impossível tratando-se da altura de uma mini-planta. E me surpreendi com a visão que se tem dali.

Debaixo do hibisco

À sombra do álamo

Como se estivesse encostada no tronco da figueira
Ver a natureza sob outros ângulos é uma dica boa para quem quer se energizar para 2014.
Admire a natureza: ela é a única perfeição.